Caros amigos,
Junho, mês de santos populares. Mês de santos populares, mês de festas. Mês de festas, mês de comes e bebes. Mês de comes e bebes, mês de bebedeiras. Mês de bebedeiras, mês de Verdadeiros.
Assim foi. No passado dia 11 de Junho, convidei o nosso amigo Neca para participar na maior concentração de Verdadeiros, por metro quadrado. Fomos ao Arraial de S. António na minha terra.
Tava lá tudo:
- Os Kibanda - que com os seus clássicos populares, acompanhados por uns solos de guitarra que mais parecia a matança do porco.
- O rancho - que tratou de queimar uma coluna de som com os berros da mulherzinha.
- O bailarico - Milhares de pessoas a dançar, formando cerca de 20 pares (homens a dançar com mulheres e mulheres também da dançar com mulheres), a dar o seu pézinho de dança e fazer exercício às pernas para evitar as varizes.
- O homem que vendia roupa - só uma tenda, nada de concorrência. Roupa do século passado, ao monte, tipo Feira de Espinho, com promoções bombásticas - leve duas e pague uma.
- As tendas de comes e bebes - umas 5, cada uma com a sua especialidade. A saber:
- Sardinhas assadas
- Papas de sarrabulho
- Rojões à moda do Minho
- Chouriça assada
- Caldo Verde
- Porco no espeto
- Bolo de chocolate
- Sangria
- Vinho tinto americano
- Vinho branco americano
- Vinho tinto da casa
- Vinho tinto da pipa
- Vinho tinto da caneca
- Vinho tinto do bom
- Labregos - homens de camisa aberta e fios, aqui chamados de "voltas", doirados a brilhar.
- Foguetes - apesar de ser proíbido, lá se arranjou a cunhazita no Governo Civil para poder largar uns.
- A cascata - onde se encontrava uma imagem do S. António, um fio de água, uma malga com moedas e muito musgo.
Meus amigos, estão desde já convidados a participar na festa do próximo ano. Vamos organizar uma escursão, cada um traz uma cadeira de praia, eu arranjo a mesa e montamos barraca no meio e vamos comer e beber até não podermos mais.
Já tenho saudades.
Festas a todos.
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