2005/08/03

Um Verdadeiro com visão

Andávamos pelo início dos anos 80.
A música popular (Verdadeira) despontava. Os grandes valores iam aparecendo. Esses mesmos valores que, em 2005, ainda seriam reconhecidos pelos Verdadeiros Populares como ícones da música nacional.
Entre eles, um homem com visão ia dando nas vistas (por falar nisso, ainda o outro dia tive de "dar nas vistas" a um "cavalheiro" que queria passar à minha frente na fila para a barraquinha de cerveja no Festival da Francesinha). O seu nome: José Cid. Conhecido pelos óculos escuros (que viriam a ser imitados pelo Abrunheira) e pelas dúvidas: "será cego?", "aquilo é cabelo real ou capachinho" (dúvida que o mesmo tirou no programa do Rui Unas - ganda magano - "é claro que o cabelo é meu, óh Unas, se o paguei!").
Como vos disse, para além de grande compositor e grande músico é também um visionário. Numa altura em que existiam na sociedade portuguesa muitos tabus, ele falou de um: o paneleirismo!
Atentem na música: "Como o macaco gosta de banana, eu gosto de ti... Meti um cacho debaixo da cama, e comi comi...". Esta música foi feita numa clara alusão aos macacos que deturparam a verdade da sociedade! Falava nesta altura, José Cid, dos homens sexuais! Gostavam da banana... e parece que ainda gostam! Mas cada um com a sua, claro, é da maneira que mais mulherio sobra!
Para mim, banana só com moscatel, na Bela Bracara Augusta!

Pataniscas e tinto!

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