Boas tardes, juventude! Como andais?
No outro dia, o meu sobrinho Zeca chegou aflito ao pé de mim e perguntou: "Tio Tóne, não és tu que gostas de vinho tinto?". Depois de uma lágrima reluzir no canto do meu olho, passei-lhe a mão na cabeça e disse: "Sou, meu querido. O Tio Tòne gosta muito de tinto! Mas porquê?". E então o rapazola lá começou a dizer que quando andava pela Interneta encontrou um documento brasileiro onde se dizia que o vinho fazia bem à saúde. (Grande novidade...).
A dada altura, o dito artigo dizia assim:
"A recomendação de se tomar moderamente vinho tinto como remédio para o coração vem de pesquisadores da Faculdade de Harvard. Eles concluíram que o consumo de duas taças de vinho, cinco a seis vezes por semana reduz em 79% os riscos de infarto."
Ora como cá o Tóne é bom a fazer contas de cabeça (nunca me engano na prova dos noves), depressa comecei a fazer as minhas contas para concluir que se duas vezes seis são doze e se doze taças de tinto reduzem em 79% os riscos de enfarto, quer dizer que as doze taças por dia ao fim da semana são (ora sete vezes dozes, noves-fora oito dá umas 80 taças, o que não é mau, contanto que se beba mais qualquer coisa a acompanhar...). E sete vezes os 79% dá 553% de hipótese de reduzir o risco do enfarto. Ora diga-se que 553 é bem melhor que 79, quer se fale em reduzir o risco de enfarto, quer se fale de malgas de tinto.
Deixo-vos com mais uma frase do dito artigo:
"Gregos e romanos estavam cobertos de razão: não existe nenhuma bebida melhor para aquecer o corpo e a alma do que um bom cálice de vinho."
Pataniscas e tinto (mais ou menos doze taças por dia).
PS: É muito ver que os brasileiros falam como os Verdadeiros... "enfarto", por exemplo.
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